Quando se fala em felinos há muita confusão e muito se dá por falta de informação
então aqui, no Blog do Bem, quebraremos alguns tabus e o de hoje é sobre banho em
gatos.
Estima-se que a população de gatos em lares domésticos no Brasil é de 27,1 milhões de
indivíduos (SOLLITTO;2022), ainda assim a preferência do Brasileiro é pelo cão. Esses
felinos estão em casa
s, apartamentos, chácaras. Em famílias com muitos animais, ou com poucos. Com
várias espécies ou só com gatos.
A cada ano observamos que os felinos estão desenvolvendo adaptações de
comportamento para conseguir viver em ambientes que, na natureza, eles não teriam preferência em estar. Mas isso não quer dizer que devemos ignorar os instintos e o
comportamento natural dos felinos. Um exemplo muito observado é o banho estético
em gatos.
Os gatos, diferente dos cães, conseguem se limpar por inteiro através da lambedura
dispensando assim a necessidade de banhos. Outro fato interessante sobre os felinos,
é que se comunicam por cheiros. Os odores do ambiente e os de outros animais
funcionam como sinalizadores e passam informações. Quando um gato toma banho
acontece uma substituição do seu odor natural e isso atrapalha e incomoda o animal.
Adicionando a essa confusão de odores tem o estresse do banho que, por melhor que o banhista seja, o gatinho não gostaria de estar naquela situação
. Pior ainda é quando o banho nem é na sua casa e sim em um banho e tosa comercial
que tem outros animais de espécies diferentes também.
O gato, por mais que cace, é um animal espécie presa. Então a vivência do estresse
para eles é em níveis maiores do que para cães. Quando expomos esse animal a
ambientes diferentes, situações não naturais, substituição do seu odor natural, ele
literalmente se sente em risco de vida. E esse estresse gera uma porção de hormônios
sinalizadores de perigo que podem causar problemas comportamentais e baixa na
imunidade. Por isso vemos tantos gatinhos ficando doentes após os banhos.
Se você está pensando em ter um gatinho, ou já tem um em casa, tire um tempo para
estudar sobre eles.
Ofereça a seu animal uma vida com muito amor, mas também com respeito às suas características naturais.
BLOG DO BEM – Dra. Gabriela Hein